domingo, 30 de dezembro de 2007

Encontros por aí a fora

Conhecer pessoas é para mim uma grande aventura comparada a uma viagem a um lugar surpreendente e que sempre há algo novo a ser descoberto. Adoro conversar e apesar de falar muito, escuto atentamente ao que me revelam. Conversar é trocar idéias, discutir, desconstruir e construir. Cada um tem sua história e sua bagagem, além disso, todos mudam, nossos amigos podem sempre nos surpreender com uma atitude inimaginável, e como todas as relações humanas, há sempre o inesperado.
Qualquer lugar é lugar e não há hora certa para puxar uma conversa fiada. Pode ser uma fila de banco, parada de ônibus, velório, mas o melhor mesmo é uma mesa de bar. A alegria da cerveja gelada e da música boa, melhor ainda se for um bom samba, bar de chão de cimento, cadeira plástica e que você chama o garçom pelo nome: Pereiraaaa!!!! Oh Pereira traz mais uma! Quando você se dá conta já está lá no maior papo ou sobre um jogo de futebol ou sobre a tal filosofia da vida. Sinto falta hoje de um bar, aquele que é praticamente a extensão da sua casa. Ah saudade boa do samba das quartas-feiras no Garrafus!
Nunca fui de fazer restrições nem muita cerimônia para conhecer gente, tanto que fui uma sócia fundadora da AFA (Associação dos Forçadores de Amizade). Não gosto desse exclusivismo de turma, aquele grupo fixo de amigos e que se torna uma verdadeira panela. Tenho amigos intelectuais, dondocas, burgueses, marxistas, conservadores, idealistas, evangélicos, espíritas, farristas, caseiros e por aí vai. Sei aproveitar o que cada diferença me proporciona. Por isso gosto de fazer festas para comemorar meu aniversário, é o único momento que tenho para reunir todos aqueles que fazem parte de minha vida e que são tão importantes para mim. A festa vira uma verdadeira salada, uma mistura de gente diferente.
Lembro que em minha adolescência, se mudou para a minha rua uma vizinha nova. Não tive dúvidas, bati em sua porta e me apresentei. Não podia imaginar que a partir dali iria iniciar a formação de meu gosto musical. Juliana me apresentou a bandas que nunca ouvira falar antes, e era engraçado como ela se surpreendia com a minha ignorância. Não satisfeita com meu desconhecimento, me mostrava cds, vídeo clipes, colocava as músicas mais famosas, me contava a história das bandas e dos cantores. Todas as tardes eu ia a sua casa e ouvíamos aos velhos sucessos para ela, e as novidades do dia para mim. O que conheço de música devo a ela, a sua paciência e persistência.
Há encontros, como esse, que me influenciam e causam, inevitavelmente, reflexões que desencadeiam um processo de mutação, que até eu mesmo me surpreendo. Sou aberta a mudanças, me permito mudar. Há pessoas que encontrei, passaram e nem imaginam a bagunça que causaram. Talvez se um dia nos reencontrarmos nem me reconheceriam, ou pelo menos teriam uma grande surpresa.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Apenas bobagens

Não acredito que estou de férias. Não lembro a última vez que estive completamente de férias. Como sempre estudei na UFPE passei por várias greves, o que deixava o calendário acadêmico uma bagunça! Nunca conseguia conciliar as férias da universidade com as do trabalho. Depois que me formei emendei um trabalho no outro e ainda comecei Letras, ou seja, nada de férias. Agora finalmente estou com quinze dias exclusivos para mim.
Estava em um ritmo muito acelerado, em parte porque sou assim: apressada. Não consigo fazer nada com calma, minha ansiedade não permite. Até essas férias eu já pensei, planejei, fiz lista de tudo o que quero fazer.
Ah lista! Adoro uma lista. Faço lista para tudo.
Já listei tudo que quero fazer nessa quinzena, está tudo planejadinho. Agora estou assim: ansiosa. Anseio cada dia de férias. Acho que vou colocar isso na lista de coisas a melhorar no próximo ano, ansiedade. Vai ser a número 1, top da lista. Mas será que me reconhecerei menos ansiosa? Acho que não. Bom, mas vou tentar.
Até que minha lista de planos para o próximo ano está bem pequena. Deve ser porque ainda não terminei a desse ano, ainda faltam o espanhol, que esqueci completamente, e a danada da monografia da pós. Mas como já aderi a astrologia, meu ano começou no dia do meu aniversário, então ainda tenho 6 meses pela frente.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Acho que não vou celebrar o ano novo agora dia 31 de dezembro, vou aderir a umas teorias astrológicas em que o ano novo se inicia no dia do aniversário. Não sinto que o meu ano está terminando, tenho a sensação de que estou exatamente no meio. Só comecei a pensar nesse ano a partir de maio, um mês antes de seu inicio em meu aniversário, 22 de junho. Fiz algumas reflexões, uns planos aqui, outros sonhos ali, e enfim, ainda estou a caminho para conclusões.