quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma notinha

Foi a época do Rei Momo, mas quem apareceu foi Papai Noel. Me deu dois presentes de uma vez só. Presentes que alimentam minha alma: um livro e um romance.

O curioso caso do choro no cinema

Adoro filmes que me fazem chorar. Confesso isso porque tenho o grande defeito de prender o choro em muitas situações em que ele ameaça vir. Por isso quando assisto a algum filme que desperta as lágrimas, aproveito e libero tudo que estava preso e me sufocava. A sensação é de liberdade brindada com água e sal.
Ontem assisti ao O Curioso caso de Benjamim Button. É um bom filme apesar de longo, com boas atuações e cheio de frases de efeitos. Havia algumas bem batidas, do grupo daquelas que encontramos nas apresentações de slides que psicólogos adoram para as famosas dinâmicas de grupo. A que mais gostei no filme foi “não sabemos o que nos espera”. Coisa bem óbvia é verdade, principalmente para quem não tem nenhum poder paranormal ou uma bola de cristal em casa. Acho que ela é bem sintética, e, para mim, diz bem o que significa viver: lidar com o inesperado. Não tenho muita certeza se foi essa frase específica ou a questão da passagem do tempo que o filme explora, mas o fato é que bateu em mim e chorei. Me derramei em lágrimas. Aproveitei para desabafar. Como não sei pelo o que eu chorei, prefiro pensar que foi simplesmente pelo filme. É mais prático e confortável. Nem tudo precisamos saber o que realmente significa.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Analisada e de alta

Estou de alta da terapia. Depois de quase dois anos, achamos que é o momento de parar e caminhar só. Se antes meus questioamentos me traziam mais angústias, hoje me impulsionam ao equilíbrio, pois me permitem conhecer meus sentimentos e minhas necessidades.
Uma frase que minha psicóloga costumava repetir com sua voz rouca e enfática : " o ser humano sempre tem uma demanda grande e essa demanda é de amor".
E em busca de suprir minha demanda descobri que o amor é feito de simplicidade, sem extravagâncias nem esxageros. Hoje o vejo nas coisas mais banais do cotidiano: nos almoços de domingo lá na casa do Janga, em uma partida de WAR com os amigos, em uma preocupaçao por causa de atraso, em uma festa surpresa de aniversário e naquele abraço apertado de um encontro casual.
Ele também vem acompanhado de tranquilidade, seja na alegria, na festa ou em choro e na perda. Não sei explicá-la, mas é uma leveza no peito e uma serenidade na mente, ou é no espírito. Talvez eles sejam a mesma coisa, mente e espírito.
Essa tranquilidade é estranha. Em território onde a ansiedade tem imenso domínio, a serenidade chega aos poucos, de mansinho e consegue assustar. Deixo claro que o susto não é de medo, é de surpresa. É como um desconhecido que nos encanta.