quinta-feira, 16 de julho de 2009

Não é a toa que amo Cazuza, primeiro porque fomos duas crianças mimadas e egoístas e segundo porque em uma mesma música ele consegue dizer: que prazer mais egoísta o de cuidar de um outro ser e que a dor no fundo esconde uma pontinha de prazer.

Prazer camuflado

Eu não quero que o tempo passe e leve consigo o que está em mim para que eu me transforme. Queria que todo o resto permanecesse. Queria conservar tudo o que sinto e esse momento sempre vivo porque só em imaginar que deixarei de te sentir em mim, me dói mais do que não ter tua presença ao meu lado .
O que eu sinto pertence só a mim, meu prazer solitário. E disso não quero abrir mão. Conservar esse sentimento me tranquiliza porque assim posso ter o controle. Que coisa horrível! Eu sou horrível. Não vê? E se eu deixar de ser assim, também deixarei que você vá embora de mim.
Quero ser livre mas não quero que os outros também sejam. Egoísta e controladora. Será que isso tem cura?



domingo, 5 de julho de 2009

Ausente

O silêncio é agora fuga. Demonstração de fraqueza. Egoísmo na escolha pelo caminho mais fácil. Causa do sofrimento alheio.
O que isso importa?
...
O que isso importa?
...
O que isso importa?
Nada.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Por que você chegou na hora certa? E, pior, fez questão de ficar nessa estação para embarcarmos juntos? Ainda comprou o lugar ao meu lado.
Tem certeza disso?
Não sei viajar acompanhada, Não um viagem inteira. Sempre viajo sozinha, vez ou outra senta alguém do lado, conversa um pouco e depois vai embora.
Gosto mesmo de conversar com minha imaginação.
Ai, eu viajava tão tranquila. Agora não sei o que fazer com sua companhia.
Vá embora!!
Não! Fique.
Mas fico na janela olhando a paisagem.
Como a menina que ganhou a boneca e nunca a tirou da embalagem.
A vontade de brincar era grande mas o medo de quebrar ou até mesmo de perdê-la foi maior.