domingo, 20 de janeiro de 2008

A verdadeira Maria dos Desencontros

Quando decidi fazer um blog eu tinha apenas a intenção de ter um espaço nesse imenso mundo da internet em que eu seria uma desconhecida e poderia escrever o que eu desejasse, sem me preocupar com os olhos de algum leitor acidental. Como nunca fui lá muito familiarizada com a internet, sempre usei apenas o básico, e-mails, messenger e google, não tinha a menor idéia de como criar um blog. Depois de uma noite procurando sites e orientações, consegui entender como funcionava e vi que não era nada difícil, precisava apenas seguir as instruções. A parte dificil mesmo foi a escolha do nome. Não iria colocar o meu, lógico! Teria que ser um espaço totalmente anônimo. Pensei em alguns pseudônimos, mas nunca fui lá muito criativa. Aí lembrei de uma crônica maravilhosa que li do Samarone em seu blog: A pequena história de Maria dos Desencontros.(http://estuariope.blogspot.com/2005/10/pequena-histria-de-maria-dos.html ). Adoro os textos de Samarone, são deliciosos de ler, ele consegue trasnmitir as emoções dos pequenos detalhes do cotidiano, e essa crônica em especial havia me tocado muito. Conforme eu a lia, ia me emocionando com as histórias dessa mulher, dessa Maria, que tinha decidido viver apenas o presente pois já cansada dos desencontros que a vida lhe proporcionava, passou a viver como se estivesse com alguma doença terminal. Não preciso nem dizer o quanto me identifiquei, pois terminei por "roubar" a identidade de Maria.
Mas quem não vive desencontros? Talvez uns mais, outros menos. Nem sempre as oportunidades surgem na hora certa, no tempo certo, ou muitas vezes não conseguimos enxergá-las. As famosas e clichês frases sobre "as armadilhas do destino" ou "as surpresas da vida" não devem ter surgido a toa. Nesse momento em que também decido viver o presente, percebo também que o meu presente hoje é o futuro que ansiei há dois anos, quando apaixonada por um estrangeiro, ao nos despedirmos no aeroporto ele disse que voltaria em dois anos.
"Dois anos? Mas isso é muito tempo. Iremos nos esquecer até lá, talvez nem nos encotraremos novamente ou se nos encontrarmos poderemos estar em outro momento de nossas vidas, poderemos estar com outras pessoas." E ele respondeu: " Temos que aguardar, não sabemos."

Nenhum comentário: