terça-feira, 18 de novembro de 2008

Depois de uma conversa no trabalho sobre religião, vi como minhas colegas falavam com tanta convicção na fé em Deus. Achei aquilo tão puro, e confesso que senti um pouco de inveja já que não tenho certeza de nada.
Desejei essa sensação de tranqüilidade que só a fé traz, seja fé em Deus ou até em uma teoria cientifica, como minha amiga Paula que defende a teoria marxista contra todos os ataques pós-modernos.
Talvez um pouco de fé melhorasse as coisas. Fé em Jesus Cristo ou Buda ou até mesmo em Alá. Fé em uma nova ordem social mais justa, possível e alcançável. Fé no amor e nas relações. Fé para aceitar as respostas que me aparecem. Fé na minha felicidade. Quero o impossível: a auto-suficiência e a verdade absoluta. Acho que eles espantariam todos os meus medos e os levariam para longe.
Eu queria acreditar em algo profundamente, mas tenho medo que tanta certeza me leve ao reducionismo. Minhas duvidas, de algum modo, me movimentam. Mas também me levam a uma eterna angustia: a de viver.

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