quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O curioso caso do choro no cinema

Adoro filmes que me fazem chorar. Confesso isso porque tenho o grande defeito de prender o choro em muitas situações em que ele ameaça vir. Por isso quando assisto a algum filme que desperta as lágrimas, aproveito e libero tudo que estava preso e me sufocava. A sensação é de liberdade brindada com água e sal.
Ontem assisti ao O Curioso caso de Benjamim Button. É um bom filme apesar de longo, com boas atuações e cheio de frases de efeitos. Havia algumas bem batidas, do grupo daquelas que encontramos nas apresentações de slides que psicólogos adoram para as famosas dinâmicas de grupo. A que mais gostei no filme foi “não sabemos o que nos espera”. Coisa bem óbvia é verdade, principalmente para quem não tem nenhum poder paranormal ou uma bola de cristal em casa. Acho que ela é bem sintética, e, para mim, diz bem o que significa viver: lidar com o inesperado. Não tenho muita certeza se foi essa frase específica ou a questão da passagem do tempo que o filme explora, mas o fato é que bateu em mim e chorei. Me derramei em lágrimas. Aproveitei para desabafar. Como não sei pelo o que eu chorei, prefiro pensar que foi simplesmente pelo filme. É mais prático e confortável. Nem tudo precisamos saber o que realmente significa.

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