sexta-feira, 25 de maio de 2007

Pessoas

Há uns tipos de pessoas que eu invejo. Por exemplo, Os magros de ruim, aqueles que comem a vontade e não engordam, desfrutam de todos os prazeres da gula e ainda assim permanecem em paz com a balança. Há os super zens também, os que adoram a natureza, o silêncio e uma meditação, são aqueles calmos que controlam a ansiedade. Acho tão bonitinho! Você se aproxima deles e já sente a paz e a harmonia, deve ser a tal aura. (Existem também os casais felizes, mas essa é aquela inveja ruim, ai como odeio casais felizes, mô pra cá, mô pra lá, vozinha de bebê, dengo dengo. Ahrgggg. Abaixo os casais felizes!!!!!!!!).
Mas também há uns que não consigo entender como vivem. Os racionais, por exemplo, tem coisa mais chata do que esses? Pra mim, impossível. Analisam, pensam duas, três até quatro vezes antes de fazer alguma coisa, planejam a vida detalhadamente, abafam as impulsividades, não vivem as paixões, racionalizam sentimentos, sensações, não se jogam na vida, eles passam por ela e nem notam. O que dizer também dos bonzinhos? Aqueles tipos que só pensam nos outros, incapazes de dizer não, pau pra toda obra, não se preocupe você pode pedir quantos favores quiser que eles nunca vão dizer não, você pisa no pé deles e eles ainda pedem desculpas por deixarem o pé no seu caminho. Bonzinho só se ferra.
Mas nenhum tipo me incomoda mais do que os sérios. Eu tenho medo desses que não riem nem soltam gargalhadas, que nunca gazearam aula nem colaram na prova, que nunca ficaram de porre.
Só não invejo, nem temo, nem me incomodo com os loucos pois esses representam o conjunto maior de pessoas no qual todos nós, sem exceção, estamos inseridos. Quem não tem suas loucuras?
Nas nossas idiossincrasias somos todos loucos.

2 comentários:

Paulo Tavares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Tavares disse...

Idiossincraticamente falando, acredito q me enquadro em alguns dos defeitos/qualidades de que falas em teu desabafo (longe de mim ser magro de ruim - quase não como!). Porém, devo admitir que a vida sem paixão, sem delírio, sem o passo desarrazoado, perde um pouco da graça imanente ao caminhar, ao descobrir vivendo (sabias que cicratrizes falam-nos de vida?). Compartilho, desse modo, da incompreensão dos racionais; a vida é breve! New Yong, muito inspirado, uma vez disse: "É melhor se consumir de uma vez que queimar aos poucos". Então, flameje.